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Mefedrona

Conhecida também como "miau-miau" ou "M-cat", a droga não está sob controle internacional e o Unodc acredita que a extensão do uso ainda não está clara.

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Skank - A Supermaconha

O skank é uma espécie de maconha (cannabis sativa), cultivada em laboratório, com efeito concentrado. Não chega a ser uma maconha transgênica, porque a estrutura molecular da semente não é modificada. A diferença está no cultivo, feito em estufas com tecnologia hidropônica — plantação em água, como ocorre com algumas espécies de alface.

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O que são as drogas?

Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que, introduzida no organismo modifica suas funções. As drogas naturais são obtidas através de determinadas plantas,de animais e de alguns minerais. Exemplo a cafeína (do café), a nicotina (presente no tabaco), o ópio (na papoula) e o THC tetrahidrocanabiol (da maconha). As drogas sintéticas são fabricadas em laboratório, exigindo para isso técnicas especiais. O termo droga, presta-se a várias interpretações, mas comumente suscita a idéia de uma substância proibida, de uso ilegal e nocivo ao indivíduo, modificando-lhe as funções, as sensações, o humor e o comportamento.

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Crack

Leva 10 segundos para fazer o efeito, gerando euforia e excitação; respiração e batimentos cardíacos acelerados, seguido de depressão, delírio e "fissura" por novas doses. "Crack" refere-se à forma não salgada da cocaína isolada numa solução de água, depois de um tratamento de sal dissolvido em água com bicarbonato de sódio. Os pedaços grossos secos têm algumas impurezas e também contêm bicarbonato. Os últimos estouram ou racham (crack) como diz o nome.

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Como as drogas circulam no corpo

As drogas circulam de maneira previsível pelo corpo e ganham maior velocidade e alcance a partir do momento em que entram na corrente sanguínea. O sangue circula dos tecidos para o coração através das veias. Do coração, ele parte para os pulmões para adquirir oxigênio e liberar o dióxido de carbono. O sangue volta, então, para o coração através das artérias, carregando consigo a droga.

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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Consequencias

Transtorno Psicótico
É um conjunto de fenômenos psicóticos que ocorrem durante ou imediatamente após o uso de substâncias psicoativas e que são caracterizadas por alucinações, ilusões, delírios e/ou idéias de referência, transtornos psicomotores e afeto anormal. O transtorno tipicamente se resolve, pelo menos, parcialmente, dentro de 1 mês e completamente dentro de 6 meses e, é influenciado pelo tipo de substância envolvida e pela personalidade do usuário. Há que considerar sempre a possibilidade de um outro transtorno mental estar sendo agravado ou preciptado pelo uso de substância psicoativa; ex. esquizofrenia, transtorno afetivo, transtorno de personalidade de tipo paranóide ou esquizóide.
Delirium Tremens
É um estado toxicoconfusional breve, mas ocasionalmente com risco de vida, que se acompanha de perturbações somáticas. É usualmente uma consequência de uma abstinência absoluta ou relativa do álcool, em usuários gravemente dependentes com uma longa história de uso. Os sintomas prodrômicos incluem insônia, tremores e medo, podendo haver convulsões. A clássica tríade de sintomas inclui obnubilação da consciência e confusão, alucinações e ilusões vívidas de todo o sensório e tremor marcante, (delírios, agitação, inversão do cilco do sono e hiperatividade autonômica, estão usualmente presentes).
Estado de Abstinência
É um conjunto de sintomas, de agrupamentos e gravidade variáveis, ocorrendo na ausência relativa ou absoluta de uma substância, após seu uso repetido, prolongado e com altas doses. A abstinência pode ser complicada por convulsões e delirium.
Abuso de Substância
O abuso de substâncias (álcool e maconha) é um problema comum em pacientes esquizofrênicos, atingindo até 60% destes; piorando com o progredir da doença a interferindo com a aderência do paciente ao tratamento. Uma hipótese importante para explicar comorbidade é que o abuso de substâncias poderia causar ou precipitar a esquizofrenia indivíduos vulneráveis.
Relação temporal entre o início da esquizofrenia e o abuso das substâncias:
27,5% dos pacientes tiveram problemas com drogas mais de um ano antes dos primeiros sintomas da esquizofrenia;
34,6% esquizofrenia e o abuso de substâncias começaram simultaneamente;
37,9% o abuso de substâncias começou após o primeiro sintoma da esquizofrenia.
Gestação
O uso de drogas durante a gravidez tem as seguintes implicações tanto para a mãe como para o feto em desenvolvimento:
A saúde da gestante
As mulheres grávidas com transtorno decorrente do uso de droga apresentam risco elevado para doenças sexualmente transmitidas (como infecção pelo HIV), hepatite, anemia, tuberculose, hipertensão e pré-eclâmpsia.
O curso da gestação
As mulheres grávidas com transtorno decorrente do uso de droga (dependendo do tipo) podem apresentar maior risco para abortos espontâneos, pré-eclâmpsia, placenta prévia e trabalho de parto precoce ou prolongado, além de complicações de outras condições clínicas que podem ser relacionadas ao uso de drogas (como hipertensão em dependentes de cocaína).
Desenvolvimento fetal
Algumas drogas, incluindo os opióides, cocaína e álcool, atravessam a placenta e afetam diretamente o feto. Isso pode ocorrer em qualquer estágio do desenvolvimento, mas é particularmente provável durante o terceiro trimestre, quando o fluxo sangüíneo materno fetal e as taxas de transporte placentário estão aumentadas. A placenta pode deslocar antes, um dos vários fatores causadores do número crescente de partos prematuros.
O feto pode apresentar risco mais elevado que a média para defeitos congênitos, problemas cardiovasculares, comprometimento do desenvolvimento e crescimento, prematuridade, peso baixo ao nascimento e óbito.
Após o parto, o neonato pode apresentar abstinência da droga. que pode ser de difícil reconhecimento, particularmente se o pediatra não conhece o diagnóstico da mãe.
Desenvolvimento da criança
Algumas substâncias (como o álcool) são associadas com efeitos negativos a longo prazo sobre o desenvolvimento físico e cognitivo.
Comportamento como pais
Além do tratamento para o transtorno decorrente do uso de drogas, as mães com esse distúrbio necessitam freqüentemente de educação e treinamento para exercer a maternidade, serviços sociais, aconselhamento nutricional, assistência na obtenção de privilégios de saúde e benefícios e outras intervenções que objetivem reduzir a possibilidade de maltratar ou negligenciar a criança.
(Fonte - NeuroPsicoNews - Sociedade Brasileira de Informações de Patologias Médicas 1999 - nº 13)
Overdose
Os traficantes da cadeia intermediária costumam dividir a droga pura mesclando-a com outras substâncias para aumentar o volume, diminuindo o seu grau de pureza. Um viciado que tem o mesmo fornecedor costuma injetar as mesmas quantidades de acordo com o potencial já conhecido; ocorrendo a troca do fornecedor, a nova partida poderá conter um grau de pureza consideravelmente superior ao esperado e para o qual o organismo não estava acostumado, ocorrendo aí a chamada overdose.

Dependencia - saiba tudo

Dependência Física
Consiste na necessidade sempre presente, a nível fisiológico, o que torna impossível a suspensão brusca das drogas. Essa suspensão acarretaria a chamada crise da "abstinência". A dependência física é o resultado da adaptação do organismo,independente da vontade do indivíduo. A dependência física e a tolerância podem manifestarem-se isoladamente ou associadas, somando-se à dependência psicológica. A suspensão da droga provoca múltiplas alterações somáticas, causando a dramática situação do "delirium tremens".

Isto significa que o corpo não suporta a síndrome da abstinência entrando em estado de pânico. Sob os efeitos físicos da droga, o organismo não tem um bom desenvolvimento.
Dependência Psicológica
Em estado de dependência psicológica, o indivíduo sente um impulso irrefreável, tem que fazer uso das drogas a fim de evitar o mal-estar. A dependência psicológica indica a existência de alterações psíquicas que favorece a aquisição do hábito. O hábito é um dos aspectos importantes a ser considerado na toxicomania, pois a dependência psíquica e a tolerância significam que a dose deverá ser ainda aumentada para se obter os efeitos desejados. A tolerância é o fenômeno responsável pela necessidade sempre presente que o viciado sente em aumentar o uso da droga.

Em estado de dependência psíquica, o desejo de tomar outra dose ou de se aplicar, transforma-se em necessidade, que se não satisfeita leva o indivíduo a um profundo estado de angústia, (estado depressivo). Esse fenômeno não deverá ser atribuído apenas as drogas que causam dependência psicológica. O estado de angústia, por falta ou privação da droga é comum em quase todos os dependentes e viciados.
Requisitos Básicos da Dependência
1 - forte desejo ou compulsão para consumir a substância;
2 - dificuldade no controle de consumir a substância em termos do seu início, término ou níveis de consumo;
3 - estado de abstinência fisiológica quando o uso cessou ou foi reduzido (sintomas de abstinência ou uso da substância para aliviá-los);
4 - evidência de tolerância, de tal forma que doses crescentes da substância psicoativa são requeridas para alcançar efeitos originalmente produzidos por doses mais baixas;
5 - abandono progressivo de prazeres ou interesses alternativos em favor do uso da substância psicoativa, aumento do tempo necessário para obter ou tomar a substância psicoativa ou para se recuperar dos seus efeitos;
6 - persistência no uso da substância, a despeito de evidência clara de consequências manifestamente nocivas, tais como dano ao fígado por excesso de álcool, depressão consequênte a período de consumo excessivo da substância ou comprometimento cognitivo relacionado à droga.

Uso de Droga em Adolescentes
Idade de início
Substância
Tempo para uso problemático
11 anos
álcool
2,5 anos
12 anos
maconha
1 ano
13 anos
cocaína
6 meses
14 anos
crack
1 mês


Perfil dos Usuários
81%
são de classe média
46,8%
cursam o nível superior
50%
mencionam apenas os efeitos positivos da droga
84%
já tiveram episódios depressivos após o uso
65,6%
acreditam que o ecstasy é seguro
15,6%
já tiveram problemas financeiros pelo uso do ecstasy
100%
usam a droga em grupo
100%
são usuários de outras drogas como maconha, cocaína e LSD

Dados Epidemiológicos
20% da população usam substâncias psicoativas no decorrer da vida;
15% no mínimo são portadores da doença da dependência química;
10% a 12% desses usam mais de uma droga concomitante;
A incidência de DQ é de 2 a 6 vezes maior no homem;
DQ evolui do álcool para drogas mais pesadas;
150 mil óbitos/ano por alcoolismo nos USA;
15% dos DQ cometem suicídio (20 vezes maior que na população).

Transtornos Psiquiátricos em Pacientes Dependentes de Álcool
- 218 pacientes alcoolistas x 218 pacientes não alcoolistas - Serviço Ambulatorial Universitário do estado de São Paulo;
- Prevalência em toda vida (LTP) de transtornos psiquiátricos: 70% população alcoolista x 26% população não alcoolista;
- Depressão maior em 50%;
- Personalidade anti-social em 30%;
- Fobias em 20%;
- Abuso/dependência de outras drogas em 19%.

Transtornos de Personalidade na dependência da Cocaína
- prevalência ao longo da vida de transtornos psiquáticos foi de 69%;
- 29% com transtornos afetivos e ansiosos
- 40% com transtornos de personalidade
- 31% sem transtornos 
 
Saiba como Agir nas Emergências
Aprenda a conhecer os sintomas de overdose (intoxicação aguda) e saiba o que fazer quando uma pessoa exagerou no uso de drogas e pode estar precisando da sua ajuda:

 
Conheça os sintomas:
- Perda da consciência, coma ou sono repentino e/ou profundo
- Respiração lenta ou curta ou parada da respiração
- Sem pulso ou pulso fraco
- Lábios roxos
- Convulsões, movimentos involuntários, desmaios
- Palpitação, taquicardia, dor no peito

Saiba o que fazer:
- Chame o resgate ou ajuda médica para emergências, imediatamente.
- Nunca deixe a pessoa sozinha.
- Deite a pessoa de lado, tenha certeza de não haver comida ou vômito na garganta.
- Afaste o queixo do peito.
- Nunca dê outra droga para combater o efeito.
- Nunca ponha nada na boca da pessoa, incluindo água ou medicamentos.
- Se a pessoa estiver tendo uma convulsão segure a sua cabeça com cuidado para não bater no chão ou em algum móvel

Atenção: A mistura de qualquer droga com álcool ou outras drogas aumenta o risco de overdose, ferimentos, violência, abuso sexual e morte.

Loucos por Pílulas
Remédios para emagrecer, dormir ou combater a impotência geram uma mania pelo consumo exagerado de medicamentos, cada vez mais frequente nos países desenvolvidos
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O poder de cada droga

Características de cada substância, nos Estados Unidos, em 2001
Substâncias
Acessibilidade
Poder de vício
**
Letalidade
Precocidade***
Nicotina Grande 80 Alta 15,5
Heroína Pequena 35 Média 19,5
Cocaína Média 22 Alta 21,9
Sedativos* Média 13 Média 19,5
Estimulantes* Média 12 Alta 19,3
Maconha Média 11 Baixa 18,4
Alucinógenos Grande 9 Baixa 18,6
Analgésicos* Média 7 Média 21,6
Álcool Grande 6 Média 17,4
Tranqüilizantes* Média 5 Média 21,2
Inalantes Grande 3 Média 17,3
* Uso não-médico de substâncias psicoativas
** % de usuários que se tornam dependentes
***idade do primeiro uso, em anos

Fonte: Pesquisa Doméstica Nacional sobre Uso de Drogas 2001, do Departamento de Saúde dos Estados Unidos - Revista Super Interessante

Resumo dos vários tipos de drogas

Álcool
Nome: cerveja, destilados e vinhos
Origem:
grão e frutas
Quantidade média ingerida:
350 ml, 45 ml, 90 ml
Forma ingestão:
oral
Efeitos a curto prazo (quantidade média):
relaxamento, quebra das inibições, euforia, depressão, diminuição da consciência
Duração:
2-4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades):
estupor, náusea, inconsciência, ressaca, morte
Risco de dependência psicológica:
alto
Risco de dependência física:
moderado
Tolerância:
sim
Efeitos a longo prazo:
obesidade, impotência, psicose, úlceras, subnutrição, danos cerebrais e hepáticos, morte
Utilização médica:
nenhuma

Alucinógenos
Nome: DMT, escopolamina, LSD, mescalina, noz-moscada, psilocybina, STP
Origem:
sintética, mimendro (planta), cactus, moscadeira, cogumelo
Quantidade média ingerida:
variável, 5 mg, 150-200 mg, 350 mg, 400 mg, 25 mg
Forma ingestão:
oral, inalável, injetável, nasal
Efeitos a curto prazo (quantidade média):
alteração da percepção, especialmente visual, aumento da energia, alucinações, pânico
Duração:
variável
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades):
ansiedade, alucinações, exaustão, psicose, tremores, vômito, pânico
Risco de dependência psicológica:
baixo
Risco de dependência física:
nenhum
Tolerância:
sim
Efeitos a longo prazo:
aumento de ilusões e de pânico, psicose
Utilização médica:
o LSD e a psilocybina foram testados no tratamento do alcoolismo, drogas, doenças mentais e enxaquecas

Anfetaminas
Nome: benzedrina, dexedrina, methedrina, preludin
Origem:
sintética
Quantidade média ingerida:
2,5-5 mg
Forma ingestão:
oral, injetável
Efeitos a curto prazo (quantidade média):
aumento da atenção, excitação, euforia, diminuição do apetite
Duração:
1-8 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades):
inquietação, discurso apressado, irritabilidade, insônia, desarranjos estomacais, convulções
Risco de dependência psicológica:
alto
Risco de dependência física:
nunhum
Tolerância:
sim
Efeitos a longo prazo:
insônia, excitação, problemas dermatológicos, subnutrição, ilusões, alucinações, psicose
Utilização médica:
na obesidade, depressão, fadiga excessiva, distúrbios do comportamento infantil

Antidepressivos
Nome: tofranil, ritalina, tryptanol
Origem:
sintética
Quantidade média ingerida:
10-25 mg
Forma ingestão:
oral, injetável
Efeitos a curto prazo (quantidade média):
alívio da ansiedade e da depressão, impotência temporária
Duração:
12-14 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades):
náusea, hipertensão, perda de peso, insônia
Risco de dependência psicológica:
baixo
Risco de dependência física:
nenhum
Tolerância:
sim
Efeitos a longo prazo:
estupor, coma, convulsões, insuficiência cardíaca congestiva, danos ao fígado e aos glóbulos brancos, morte
Utilização médica:
na ansiedade ou supersedação, distúrbios do comportamento infantil

Barbitúricos
Nome: doriden, hidrato de cloral, fenobarbital, nembutal, saconal
Origem:
sintética
Quantidade média ingerida:
400 mg, 500 mg, 50-100 mg
Forma ingestão:
oral
Efeitos a curto prazo (quantidade média):
relaxamento, euforia, diminuição da consciência, tontura, coordenção prejudicada, sono
Duração:
4-8 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades):
discurso "borrado", mal articulado, estupor, ressaca, morte
Risco de dependência psicológica:
alto
Risco de dependência física:
alto
Tolerância:
sim
Efeitos a longo prazo:
sonolência excessiva, confusão, irritabilidade, graves enjôos pela privação
Utilização médica:
na insônia, tensão e ataque epilético

Cafeína
Nome: café, chá, refrigerantes
Origem:
grão de café, folhas de chá, castanha
Quantidade média ingerida:
1-2 xícaras, 300 ml    
Forma ingestão:
oral
Efeitos a curto prazo (quantidade média):
agitação, irritabilidade, insônia, perturbações estomacais
Duração:
2-4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades):
agitação, insônia, enjôo
Risco de dependência psicológica:
alto
Risco de dependência física:
alto
Tolerância:
não
Efeitos a longo prazo:
agitação, irritabilidade, insônia, perturbações estomacais
Utilização médica:
na supersedação e dor de cabeça

Cocaína
Nome: cocaína
Origem:
folhas de coca
Quantidade média ingerida:
variável
Forma ingestão:
nasal, injetável
Efeitos a curto prazo (quantidade média):
sensação de auto-confiança, vigor intenso
Duração:
4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades):
irritabilidade, depressão, psicose
Risco de dependência psicológica:
alto
Risco de dependência física:
alto
Tolerância:
não
Efeitos a longo prazo:
danos ao septo nasal e vasos sanguíneos, psicose
Utilização médica:
anestésico local

Inalantes
Nome: aerossóis (éter), colas, nitrato de amido, óxido nitroso
Origem: sintética
Quantidade média ingerida:
variável
Forma ingestão:
inalável
Efeitos a curto prazo (quantidade média):
relaxamento, euforia, coordenação prejudicada
Duração:
1-3 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades):
estupor, morte
Risco de dependência psicológica:
alto
Risco de dependência física:
nenhum
Tolerância:
possível
Efeitos a longo prazo:
alucinações, danos ao cérebro, aos ossos, rins e fígado, morte
Utilização médica:
dilatação dos vasos sanguíneos, anestésico leve

Cannabis Sativa
Nome: haxixe, maconha, thc
Origem:
cannabis, sintética
Quantidade média ingerida: variável
Forma ingestão:
inalável, oral, injetável
Efeitos a curto prazo (quantidade média):
relaxamento, quebra das inibições, alteração da percepção, euforia, aumento do apetite
Duração:
2-4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades):
pânico, estupor
Risco de dependência psicológica:
moderado
Risco de dependência física:
moderado
Tolerância:
não
Efeitos a longo prazo:
fadiga, psicose
Utilização médica:
na tensão, depressão, dor de cabeça, falta de apetite

Narcóticos
Nome: codeína, demerol, metadona, morfina, ópio, percodan
Origem:
papoula de ópio, papoula de ópio sintética
Quantidade média ingerida:
15-50 mg, 50-150 mg, 05-15 mg, 10 mg
Forma ingestão:
oral, injetável, nasal
Efeitos a curto prazo (quantidade média):
relaxamento, alívio da dor e da ansiedade, diminuição da consciência, euforia, alucinações
Duração:
4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades):
estupor, morte
Risco de dependência psicológica:
alto
Risco de dependência física:
alto
Tolerância:
sim
Efeitos a longo prazo:
latargia, prisão de ventre, perda de peso, esterilidade e impotência temporária, enjôos pela privação
Utilização médica:
na tosse, na diarréia, analgésico, combate à heroína

Nicotina
Nome: cachimbos, charutos, cigarro, rapé
Origem:
folhas de tabaco
Quantidade média ingerida:
variável
Forma ingestão:
inalável, oral
Efeitos a curto prazo (quantidade média):
relaxamento, contração dos vasos sanguíneos
Duração:
1/2-4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades):
dor de cabeça, perda de apetite, náusea
Risco de dependência psicológica:
alto
Risco de dependência física:
alto
Tolerância:
sim
Efeitos a longo prazo:
respiração prejudicada, doença pulmonar e cardiológica, câncer, morte
Utilização médica:
nenhuma (usado em inseticida)

Tranquilizantes
Nome: dienpax, librium, valium
Origem:
sintética
Quantidade média ingerida:
5-30 mg, 5-25 mg, 10-40 mg
Forma ingestão:
oral
Efeitos a curto prazo (quantidade média):
alívio da ansiedade e da tensão. supressão das alucinações e da agressão, sono
Duração:
12-24 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades):
sonolência, visão perturbada, discurso "borrado", reação alérgica, estupor
Risco de dependência psicológica:
moderado
Risco de dependência física:
moderado
Tolerância:
não
Efeitos a longo prazo:
destruição de células sanguíneas, icterícia, coma, morte
Utilização médica:
na tensão, ansiedade, psicose, no alcoolismo

Mefedrona

Consumo de mefedrona aumenta na Europa e nos EUA

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York - O Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime, Unodc, alerta para o potencial letal da mefedrona, uma nova droga sintética usada como alternativa à cocaína e à anfetamina. Segundo a agência da ONU, o consumo da droga está aumentando na Europa, América do Norte e Austrália.

Conhecida também como "miau-miau" ou "M-cat", a droga não está sob controle internacional e o Unodc acredita que a extensão do uso ainda não está clara.

Euforia
O gerente do programa de drogas sintéticas do Unodc, Beate Hammond, explica que há poucas informações sobre a mefedrona e que o uso de pequenas quantidades causam sérios riscos à saúde. De acordo com Hammond, há confirmações de mortes após o consumo do "miau-miau".

Geralmente vendida na forma de pó branco, os efeitos da mefedrona incluem aumento da euforia, estado de alerta e agitação. A droga é vendida de forma frequente pela internet como fertilizante de plantas.

Relatório
A mefedrona é produzida para criar efeitos similares aos da cocaína. Mas por conta da diferença nos químicos, não há ainda nenhuma restrição legislativa em relação à produção e distribuição.

Por ser nova no mercado, há pouca pesquisa sobre todos os efeitos e capacidade tóxica. Na Europa, a substância está sendo investigada pelo Centro de Monitoramento de Drogas, que deve concluir em julho um relatório sobre a mefedrona.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Skank A SUPERMACONHA

O que é
O skank é uma espécie de maconha (cannabis sativa), cultivada em laboratório, com efeito concentrado. Não chega a ser uma maconha transgênica, porque a estrutura molecular da semente não é modificada. A diferença está no cultivo, feito em estufas com tecnologia hidropônica — plantação em água, como ocorre com algumas espécies de alface.

As diferenças
O que diferencia o skank da maconha comum é a capacidade entorpecente. Em ambos, o princípio psico-ativo é o tetra-hidro-canabinol (THC). Na maconha, a concentração percentual nas folhas, flores e frutos prensados fica em torno de 2,5%. No skank, estudos apontam que o índice de THC pode ser de até 17,5%. Com isso, a quantidade necessária para a planta modificada produzir a mesma sensação da normal é muito menor.

Por que é tão caro
Os cuidados com a produção fazem com que a droga tenha um alto preço no mercado.Não há levantamentos de cultivo no Brasil.A droga consumida vem da Europa, principalmente da Holanda.

Como age
Em geral, a droga é fumada e processada pelo fígado até que o THC seja absorvido pelo cérebro e aparelho reprodutor. Pesquisas recentes apontam ainda que o alto teor de THC usa uma substância produzida pelos neurônios (a anandamina) para se fixar no organismo.

Conseqüências
Da mesma forma como o TCH é potencializado, os efeitos do skank no organismo também são. O entorpecente provoca os mesmos distúrbios da maconha: altera o funcionamento dos neurônios e diminui a concentração. As alterações de cerotonina e dopamina no organismo provocam lapsos de memória e de coordenação motora. Os usuários desenvolvem ansiedade e a possibilidade de dependência é bem maior, se comparado com a maconha comum.

Anabolizantes

Os esteróides anabolizantes, mais conhecidos apenas com o nome de anabolizantes, são drogas relacionadas ao hormônio masculino Testosterona fabricado pelos testículos. Os anabolizantes possuem vários usos clínicos, nos quais sua função principal é a reposição da testosterona nos casos em que, por algum motivo patológico, tenha ocorrido um déficit.

Além desse uso médico, eles têm a propriedade de aumentar os músculos e por esse motivo são muito procurados por atletas ou pessoas que querem melhorar a performance e a aparência física. Segundo especialistas, o problema do abuso dessas drogas não está com o atleta consagrado, mas com aquela "pessoa pequena que é infeliz em ser pequena". Esse uso estético não é médico, portanto é ilegal e ainda acarreta problemas à saúde.
 
Os esteróides anabolizantes podem ser tomados na forma de comprimidos ou injeções e seu uso ilícito pode levar o usuário a utilizar centenas de doses a mais do que aquela recomendada pelo médico. Freqüentemente, combinam diferentes esteróides entre si para aumentar a sua efetividade. Outra forma de uso dessas drogas, é toma-las durante 6 a 12 semanas, ou mais e depois parar por várias semanas e recomeçar novamente.

No Brasil não se tem estimativa deste uso ilícito, mas sabe-se que o consumidor preferencial está entre 18 a 34 anos de idade e em geral é do sexo masculino.

Nos USA, em 1994, mais de um milhão de jovens já tinham feito uso de esteróides anabolizantes.

No comércio brasileiro, os principais medicamentos à base dessas drogas e utilizados com fins ilícitos são: Androxon® Durateston®, Deca-Durabolin®. Porém, além desses, existem dezenas de outros produtos que entram ilegalmente no país e são vendidos em academias e farmácias. Muitas das substâncias vendidas como anabolizantes são falsificadas e acondicionadas em ampolas não esterilizadas, ou misturadas a outras drogas.

Alguns usuários chegam a utilizar produtos veterinários à base de esteróides, sobre os quais não se tem nenhuma idéia sobre os riscos do uso em humanos.

Efeitos adversos
Alguns dos principais efeitos do abuso dos esteróides anabolizantes são: tremores, acne severa, retenção de líquidos, dores nas juntas, aumento da pressão sangüínea, DHL baixo (a forma boa do colesterol), icterícia e tumores no fígado. Além desses, aqueles que se injetam ainda correm o perigo de compartilhar seringas e contaminar-se com o vírus da Aids ou hepatite.
 
Outros efeitos
Além dos efeitos mencionados, outros também graves podem ocorrer:
No homem: os testículos diminuem de tamanho, a contagem de espermatozóides é reduzida, impotência, infertilidade, calvície, desenvolvimento de mamas, dificuldade ou dor para urinar e aumento da próstata.
Na mulher: crescimento de pêlos faciais, alterações ou ausência de ciclo menstrual, aumento do clitóris, voz grossa, diminuição de seios.
No adolescente: maturação esquelética prematura, puberdade acelerada levando a um crescimento raquítico.


O abuso de anabolizantes pode causar ainda uma variação de humor incluindo agressividade e raiva incontroláveis que podem levar a episódios violentos. Esses efeitos são associados ao número de doses semanais utilizadas pelos usuários.


Usuários, freqüentemente, tornam-se clinicamente deprimidos quando param de tomar a droga. Um sintoma de síndrome de abstinência que pode contribuir para a dependência.


Ainda podem experimentar um ciúme patológico, extrema irritabilidade, ilusões, podendo ter uma distorção de julgamento em relação a sentimentos de invencibilidade, distração, confusão mental e esquecimentos.


Atletas, treinadores físicos e mesmo médicos relatam que os anabolizantes aumentam significantemente a massa muscular, força e resistência. Apesar dessas afirmações, até o momento não existe nenhum estudo científico que comprove que essas drogas melhoram a capacidade cardiovascular, agilidade, destreza ou performance física.


Devido a todos esses efeitos o Comitê Olímpico Internacional colocou 20 esteróides anabolizantes e compostos relacionados a eles, como drogas banidas, ficando o atleta que fizer uso deles sujeito a duras penas.


Os principais esteróides anabolizantes são: oximetolona, metandriol, donazol, fluoximetil testosterona, mesterolona, metil testosterona, sendo os mais utilizados no Brasil a Testosterona e Nandrolona.


Fonte: Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas - CEBRID

Cafeína

É o estimulante legal mais usado no mundo. A cafeína é mais comumente associada ao café e às bebidas à base de cola que contém cafeína e flavorizantes extraídos de fontes naturais (grãos de café e nozes de cola, respectivamente). O chá contém quantidade significativa de cafeína e teofilina, enquanto que o chocolate (cacau) contém quantidades relativamente baixas de cafeína e teobromina. Teofilina e teobromina são parentes químicos da cafeína. O café foi inicialmente usado para ajudar a manter as pessoas acordadas nas noites frias, durante longos eventos religiosos.

A cafeína não produz uma verdadeira euforia, mas causa dependência psicológica, aumenta a vivacidade, a performance mental e a motora, especialmente nos fadigados. Estes sintomas, junto com alguns dos efeitos de doses altas - por exemplo, agitação e até convulsões - acontecem principalmente pelo bloqueio dos receptores de adenosina. A adenosina é um hormônio local auto-regulável que modula (normalmente inibe) a função da maioria das células no corpo. A quantidade de cafeína em 2 ou 3 xícaras de café bloqueia 50% dos receptores de adenosina.


Entre os efeitos conhecidos da cafeína estão a estimulação do coração (aumento do ritmo e potência, e às vezes, ritmo acelerado) e a diurese (aumento do volume de urina). A dilatação das vias respiratórias é um efeito menos conhecido que ocorre com um grau ainda mais elevado de teofilina, usado no tratamento da asma. O consumo muito grande de cafeína pode causar o cafeinismo, um complexo de ansiedade, irritabilidade e depressão e um aumento do nível de vários hormônios no sangue associados ao estresse.


As adaptações celulares ocorrem com o uso crônico, causando tolerância aos efeitos que a cafeína produz. Uma retirada suave pode provocar letargia, irritabilidade e dores de cabeça, em um indivíduo com ingestão prolongada de 600 miligramas (6 xícaras de café) ou mais por dia.
A adenosina comprovadamente acentua os efeitos cardiovasculares causados pela nicotina. Fumantes podem ser capazes de compensar isto com o alto consumo de café, porque a maior ingestão de cafeína bloqueia mais receptores de adenosina e limita estes efeitos.


(Fonte: Como agem as drogas, Gesina L. Longenecker,PH.D. Quark books. Ilustrações de Nelson W.Hee)

Fumo

Nicotina tabacum
Há 1,1 bilhão de fumantes no mundo, segundo a OMS, matando mais que o álcool e drogas ilegais.
O fumo é o maior responsável pelas faringites, bronquites, falta de apetite, tremores, perturbações da visão, diversos tipos de câncer, sobretudo do pulmão e doenças cardiovasculares como a angina do peito e o enfarte do miocárdio.
Além do câncer do pulmão, de que o fumo é maior causador, produz bronquite crônica, enfisema pulmonar, coronariopatias, úlceras do estômago e do duodeno, câncer da língua, da faringe, do esôfago e da bexiga.
A ação da nicotina é exercida pelo sistema sobre o sistema parassimpático e simpático e pela liberação de adrenalina e influi na diminuição do consumo do oxigênio e, além de prejudicar o organismo em geral, vai diretamente ao cérebro, coração e circulação.

Apenas um cigarro é suficiente para contrair todos os vasos sanguíneos do corpo. E a fumaça de um cigarro, é o bastante para contrair os vasos capilares das pernas e dos pés.
O fumante sofre, em cada trago, endurecimento das artérias, fazendo o coração trabalhar mais depressa, enquanto os pulmões absorvem monóxido de carbono, amônio, ácido carbônico, piridina e substâncias alcatroadas que passam a circulação do sangue. O monóxido de carbono também origina dores de cabeça; o amônio irrita as narinas e a garganta, a piridina irrita os brônquios e as substâncias alcatroadas engrossam a língua, sujam os dentes e determinam câncer na boca e na língua.A nicotina, em si, diminui a vitalidade do fumante e de seus filhos.
A fumaça do cigarro provoca uma reação violenta nos centros nervosos, produzindo a degeneração das células do cérebro.
Uma vez que o hábito de fumar conduz o viciado a um estado de intoxicação crônica e o leva a uma dependência física e psíquica, sente o fumante dificuldade em abandoná-lo.
A nicotina é um dos venenos mais ativos. A nicotina e o alcatrão deve-se a maior soma de males acarretada aos fumantes. O fumante médio absorve nos pulmões mais de um litro de alcatrão por ano.
Os venenos do fumo agem no organismo pelas vias respiratórias e pelas vias digestivas. Pelas vias respiratórias, através da traquéia e brônquios, por onde chegam aos pulmões, onde são absorvidos e conduzidos ao sangue e, por este, a todos os demais órgãos. A nicotina, por intermédio da circulação, excita as glândulas supra-renais que segregam mais adrenalina. Conduzida ao sangue, provoca contração das paredes arteriais, ocasionando espamos das artérias. É assim que o fumo aumenta a pressão arterial, favorece problemas coronários e cardiovasculares.
Pelas vias digestivas, boca, estômago e intestinos, pois que, parte do venenos do fumo dissolve-se na saliva e é conduzida ao estômago, ocasionando a diminuição da secreção gástrica, dificultando a digestão, diminuindo o apetite e predispondo o fumante à úlcera gastroduodenal. Do aparelho digestivo os venenos do fumo são conduzidos ao sangue e aos diversos tecidos do corpo.
No fígado, grande parte da nicotina é transformada em ácido úrico, com o que ocasiona o surgimento do reumatismo e da gota.
Prejuízos do hábito de fumar:
1- Entorpecimento mental;
2- Inflamação do estômago;
3- Ineficiência física;
4- Tosse;
5- Angina do peito;
6- Gangrena;
7- Doações de Sangue;
8- Visão, entre outros.
(Fonte: Como agem as drogas, Gesina L. Longenecker,PH.D. Quark books. Ilustrações de Nelson W.Hee)

O que está comprovado sobre a fumaça ambiental do tabaco:
- é inalada, absorvida e processada por não-fumantes
- é quimicamente similar a fumaça inalada pelo fumante, e esta é carcinogênica
- contém substâncias que causam câncer
- pode causar câncer e lesões genéticas (que originam câncer) em animais de laboratório
- está associada a problemas cardíacos
- causa problemas respiratórios em crianças de até 18 meses
- retarda o desenvolvimento fetal
Substâncias da Fumaça do Cigarro
Quando cigarros industrializados ou de fumo-de-rolo, cachimbos e charutos são acesos, algumas substâncias são inaladas pelo fumante e outras se difundem pelo ambiente. Essas substâncias são nocivas à saúde.
Todas as formas de uso do tabaco, inclusive os cigarros com mentol, filtros especiais, com baixos teores (light, exta-light) etc. tem uma composição semelhante, não havendo, portanto cigarros "saudáveis" ou cachimbos e charutos que façam menos mal. Isso ocorre porque, mesmo escolhendo produtos com menores teores de alcatrão e nicotina, os fumantes acabam compensando essa redução, fumando mais cigarros por dia e tragando mais freqüente ou profundamente, ou seja, fazendo outras modificações compensatórias em conseqüência da dependência à nicotina.
A fumaça do cigarro é uma mistura de cerca de 5 mil elementos diferentes. Ela é formada pelos seguintes componentes:
Nicotina - considerada droga pela OMS. Sua atuação no sistema nervoso central é como a da cocaína, com uma diferença: chega entre 2 e 4 segundos mais rápido ao cérebro que a própria cocaína. É uma droga psicoativa, responsável pela dependência do fumante. É por isso que o tabagismo é classificado no Código Internacional de Doenças (CID - 10) como grupo dos transtornos mentais e de comportamento decorrente do uso de substâncias psicoativas. A nicotina aumenta a liberação de catecolaminas, acelerando a freqüência cardíaca, com conseqüente vasoconstricção e hipertensão arterial. Provoca uma maior adesividade plaquetária, e juntamente com o monóxido de carbono leva à arterosclerose. Contribui assim para o surgimento de doenças cardiovasculares. No aparelho gastrointestinal, a nicotina estimula a produção de ácido clorídrico, podendo levar ao aparecimento de úlcera gástrica. Também estimula o sistema parassimpático, o que pode causar diarréia. A nicotina libera substâncias quimiotáxicas, que vão atrair para o pulmão os leucócitos neutrófilos polimorfonucleares, a maior fonte de elastase, que destrói a elastina e provoca o enfisema pulmonar (Orleans e Slade, 1993; Rosemberg, 1996).
Monóxido de Carbono (CO) - tem afinidade com a hemoglobina (HB) contida nos glóbulos vermelhos do sangue, que transportam oxigênio para os tecidos de todos os órgãos do corpo. A ligação do monóxido de carbono com a hemoglobina forma o composto chamado carboxihemoglobina, que dificulta a oxigenação do sangue, privando alguns órgãos do oxigênio e causando doenças como a arterosclerose.
Alcatrão - composto de mais de 40 substâncias comprovadamente carcinogênicas que incluem o arsênico, níquel, benzopireno e cádmio. Carcinogênicas são substâncias que provocam câncer como resíduos de agrotóxicos nos produtos agrícolas, como o DDT, e até substâncias radioativas, como é o caso do polônio 210.
Vale ressaltar que as substâncias da fumaça do cigarro tem efeitos sobre a saúde do fumante, mas também sobre a saúde do não-fumante, exposto à poluição do ambiente causada pelo cigarro.
Cigarros de Baixos Teores
O modo de fumar é determinado pela necessidade do fumante em consumir nicotina (que lhe traz a sensação de satisfação). Os fumantes utilizam artifícios para alcançar tal sensação ao fumarem cigarros com teores baixos, dando tragadas mais profundas. Assim, aumentam o número de tragadas por cigarros, aumentam o número de cigarros fumados e bloqueiam os orifícios de ventilação dos filtros para aumentar a concentração de fumaça inalada durante a tragada.
Esses artifícios são conhecidos como compensação e tem sido, extensivamente, documentados na literatura científica, sendo bem conhecidos da indústria do tabaco há mais de 20 anos. Testes demonstram que, em "condições de fumo realísticas", existe uma diferença muito pequena entre os cigarros denominados "light" e os comuns. Na verdade, eles podem até produzir quantidades maiores de alcatrão, nicotina e monóxido que os cigarros tradicionais testados.
Um estudo realizado na Inglaterra por Kozlwski et al. (1999) demonstrou que 58% dos filtros de cigarros examinados apresentavam sinais de bloqueio significativo e 19% sinais de bloqueio total. A partir dos resultados de uma pesquisa realizada em 1998, a ASH e The Observer mostraram que os cigarros com baixos teores podem propiciar os mesmos mecanismos compensatórios antes citados.
Por mais que a indústria do fumo afirme que realiza pesquisas visando ao desenvolvimento de produtos alternativos, na verdade, ela estuda produtos e formas de distribuir a nicotina em dispositivos que contenham menos teor de determinadas substâncias, como o alcatrão, por exemplo, e mantendo a nicotina, que causa a dependência.
(Jornal Ação - APOT)
Lutando contra o cigarro
Muitos tabagistas tentam parar de fumar sozinhos. A seguir algumas dicas possíveis de ser aplicada por qualquer pessoa para que seja obtido um melhor resultado. São para dificultar o gesto automático de fumar, tornando-o consciente:
1. Ter certeza de que quer fumar e não simplesmente acender um cigarro automaticamente, ou seja, pensar muito bem se de fato precisa fumar ou se pode deixar para mais tarde.
2. Parar de comprar cigarros.
3. Não comprar um maço de modo algum enquanto não acabar o último cigarro, mesmo que seja na boca da noite ou na véspera de uma viagem.
4. Quando não tiver cigarro, ter o brio de não ficar catando bitucas.
5. Não ter fósforo, isqueiro, fogo por perto.
6. Desfazer-se do isqueiro. O "som"(ruído) característico obtido ao se abrir um determinado isqueiro também pode ser prazeroso.
7. Jogar cinzeiro fora para dificultar o trabalho na hora de bater as cinzas em lugar adequado.
8. Colocar o maço de cigarros num lugar que lhe dê trabalho quando for pegá-lo; não andar com o maço no bolso nem deixá-lo na cabeceira, na escrivaninha, etc.
9. Se possível, colocar o maço em outro ambiente.
10. Não acender o cigarro somente porque você ficou com vontade ao ver alguém acendendo ou fumando um.
11. Demorar o máximo possível com o cigarro na mão antes de acendê-lo.
12. Dar no máximo três tragadas de cada cigarro, mesmo que o jogue fora quase inteiro (nicotina a menos).
13. Envergonhar-se de fumar.
14. Questionar se vale a pena fumar, mesmo que corra o risco de morrer como aquele parente que teve dores, permaneceu acamado, emagreceu, fez radioterapia, ficou feio, fez a família sofrer, gastou o que tinham e... acabou falecendo.
15. Lembrar que nas escolas o cigarro é proibido pela Lei 9760/97.

Se essa luta íntima contra o cigarro não der certo, ainda há muitas esperanças de cura para esse vício. Psicoterapias, grupos de auto-ajuda e recursos médicos, como nicotina em adesivos e antidepressivos, são os meios mais eficazes.
(Fonte: Anjos Caídos, Içami Tiba. Editora Gente, 6ª edição)
Dez razões para parar de fumar
1 - Após 6 horas sem fumar, a pressão e o coração se normalizam. Após 30 dias, estão completamente normais
2 - Após 1 dia sem cigarro, o pulmão funciona melhor
3 - Após 2 dias sem fumar, o olfato e o paladar sofrem uma significativa melhora
4 - Após 3 semanas, os exercícios físicos ficam mais fáceis de serem executados
5 - A circulação sanguínea melhora após 2 meses sem cigarro
6 - Após 3 meses, o número de espermatozóides normaliza e há um significativo aumento em sua qualidade
7 - Após 1 ano o risco de problemas cardíacos está reduzido
8 - Após 5 anos sem fumar, o risco de problemas no coração são iguais aos de uma pessoa que nunca tenha fumado
9 - Dentes, mãos e pele clareiam após o término do vício
10 - Aumento da qualidade de vida, disposição e humor
(Revista Cyber Mondo Ciência e Tecnologia - Ano1 nº2)
Fumo e doenças cardiovasculares
-
Fumar aumenta o risco de doenças coronárias como angina no peito e infarto do miocárdio
- Triplica o risco de morte por infarto em homens com menos de 55 anos
- Aumenta em 10 vezes o risco de tromboembolia venosa e infarto em mulheres que tomam anticoncepcionais orais
- Aumenta o risco de insuficiência vascular periférica, causando má circulação nas pernas e impotência sexual
Fumo e doenças neurovasculares
- Fumar triplica o risco de derrame cerebral  (acidente vascular cerebral - AVC)
Fumo e câncer
O cigarro contém mais de 40 substâncias cancerígenas que aumentam o risco de câncer na:
- boca, faringe, laringe e traquéia
- pulmões - risco 12 a 20 vezes maior
- esôfago, estômago
- rins, bexiga, colo do útero, etc
Fumo e doenças respiratórias
Fumar aumenta a queda da capacidade respiratória com a idade e aumenta o risco de problemas respiratórios como:
- tosse, chiado e falta de ar
- bronquite crônica e enfisema
- causa 90% da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e aumenta seu risco em 10 vezes
- laringite (rouquidão)
- infecções das vias respiratórias
- crise de asma
Fumo e pele
Fumar eleva o risco de rugas prematuras e de celulite e interfere na cicatrização de feridas cirúrgicas

Fumo e gravidez
Fumar aumenta o risco de infertilidade e de complicações da gravidez.
A gestante fumante tem maior chance de abortar, de ter filho prematuro, de baixo peso e de morte do filho no período perinatal.
Fumar reduz a expectativa de vida
A chance de viver até os 73 anos é de 42% em fumantes e 78% em não-fumantes
Fumar prejudica o tratamento de doenças
Como gastrite, úlcera péptica, esofagite de refluxo, angina, insuficiência cardíaca, bronquite, enfisema e asma
Fumar aumenta as complicações pós-operatórias
Especialmente em idosos, obesos e pacientes em tratamento de doenças cardíacas ou respiratórias
Fumo Passivo
As pessoas que estão próximas dos fumantes, especialmente em ambientes fechados, inalam mais de 400 substâncias que podem prejudicar a saúde.
O fumante passivo tem maior risco de câncer de pulmão e infarto do miocárdio.
As crianças que convivem com pais fumantes têm maior risco de infecções respiratórias, bronquiolites, asma, otites e infecções de garganta (amigdalites).


Cigarro e Gravidez: Parceria Perigosa
As mulheres têm um motivo a mais para deixar de fumar: durante a gravidez, esse hábito pode fazer imenso mal ao feto. Quando a mãe fuma durante a gestação, o bebê recebe as substâncias tóxicas do cigarro por meio da placenta. A nicotina provoca o aumento do batimento cardíaco do feto, e a criança pode nascer com peso reduzido, menor estatura e alterações neurológicas importantes. Isso sem falar que a gestante tem um risco aumentado de sofrer um aborto espontâneo, entre outras implicações ao longo dos nove meses. Para piorar o quadro, durante a amamentação, as substâncias tóxicas continuam sendo transmitidas ao bebê via leite materno.
Portanto, mulheres, procurem abandonar o cigarro logo agora, porque depois de já estarem grávidas a luta contra o tabaco fica ainda mais difícil. Porém é fundamental.
Fonte: Revista Documento Verdade, Ano1, Nº03, Pg.32. Editora Escala.
Correlatos Psicossociais do Tabagismo

Correlatos Sociais
No mundo desenvolvido, particularmente nos países onde há campanhas/políticas antifumo bem organizadas, o tabagismo é estreitamente relacionado com a situação socioeconômica, sendo mais prevalente entre pobres, trabalhadores braçais semiqualificados, desempregados, indivíduos com baixos níveis culturais e mães solteiras. Além disso, essa demarcação entre os grupos sociais está se acentuando: nas últimas 3 décadas a prevalência do tabagismo caiu mais de 50% nas classes mais elevadas da sociedade britânica, mas permaneceu imutável nos grupos mais desvalidos. De modo semelhante, os índices de cessação do tabagismo no Reino Unido mostram grande relação inversa com a privação social.

Correlatos Psiquiátricos
A depressão é um fator importante de risco de dependência de nicotina. Nos fumantes é maior a prevalência de história de depressão significativa e, nesses casos, a probabilidade de cessação do tabagismo é menor do que nos indivíduos sem história de depressão. Sugeriu-se que a associação entre depressão e tabagismo pode ser devida a uma predisposição genética comum às duas doenças. Outros fatores de risco da dependência de nicotina incluem esquizofrenia (70 a 90% dos esquizofrênicos são fumantes) e abuso de múltiplas drogas, particularmente álcool, cocaína e heroína.
Assim, é provável que a maioria que continua fumando é composta por aqueles com problemas psiquiátricos ou sociais. Além disso, é provável que esses fumantes sejam mais dependentes do tabaco e menos interessados em abandoná-lo.

Álcool

É a substância psicoativa mais antiga da humanidade. Consumo excessivo traz aplicações no sistema digestivo, podendo resultar em câncer na boca, faringe, laringe e esôfago, atrofia do cérebro, demência, icterícia, teleangioma (ruptura dos vasos sanguíneos da superfície), eritema palmar, varizes abdominais, fluído abdominal, atrofia testicular, pancreatite, edema de tornolzelos, tendência a sangramento fácil, tremor, aumento do braço, cirrose, vasos sanguíneos dilatados, coração aumentado e enfraquecido, etc. Afeta a capacidade intelectual, memória e destrói a vida social e afetiva do dependente.

Hepatites relacionadas ao álcool
Mais de 2 milhões de americanos sofrem de doenças do fígado relacionada ao álcool. Alguns desenvolvem hepatite alcoólica ou inflamação do fígado, como resultado de bebida intensa por longo-prazo. Seus sintomas são febre, icterícia (amarelamento exagerado da pele, olhos e urina escura) e dor abdominal. A hepatite alcoólica pode levar à morte se o indivíduo continuar a beber. Se para de beber, esta situação é freqüentemente reversível. Cerca de 10 a 20% de bebedores pesados desenvolvem cirrose alcoólica, ou degeneração do fígado. A cirrose alcoólica pode levar à morte se continuar a beber. Embora a cirrose não seja reversível, em se parando de beber, a chance de sobrevivência e a qualidade de vida da pessoa melhora consideravelmente. Os acometidos de cirrose, freqüentemente, sentem-se melhor e o funcionamento do fígado pode até melhorar, caso não bebam nada. Embora o transplante de fígado seja necessário como um último recurso, muitas pessoas com cirrose que param de beber talvez nunca precisem fazer transplante. E ainda, existe o tratamento para as complicações causadas pela cirrose.
 
Cardiopatias
Beber moderadamente pode trazer efeitos benéficos ao coração, especialmente entre aqueles com maior risco para ataques cardíacos, como homens acima de 45 anos e mulheres após a menopausa. Todavia, quantidades maiores que as moderadas, consumidas por anos aumenta o risco de hipertensão, cardiopatias, e alguns tipos de derrame.
 
Câncer
Quantidade maiores de bebidas alcoólicas a longo prazo aumenta o risco do desenvolvimento de certos tipos de câncer, especialmente no esôfago, boca, garganta e cordas vocais. As mulheres têm um risco ainda maior de desenvolver câncer de mama se beberem dois ou mais drinques por dia. A bebida também pode aumentar o risco de câncer de intestino.
 
Pancreatite
O pâncreas é o órgão que ajuda a regular os níveis de açúcar no corpo, produzindo insulina. O pâncreas também desempenha papel importante na digestão de diversos alimentos. Bebida intensa no longo-prazo pode levar à pancreatite (ou inflamação do pâncreas). Os sintomas são dor abdominal aguda e perda de peso, podendo ser até fatal.

Efeitos Crônicos do Álcool

Coração normal

Coração dilatado

Cérebro normal

Cérebro atrofiado

Pâncreas Normal

Pâncreas Inflamado
Assim como outras drogas causam dependência, o álcool reforça seu próprio consumo através da ativação do circuito de recompensa do cérebro. O álcool causa vários efeitos agudos, como por exemplo, a embriaguez, tendo como causa mais frequente a depressão do sistema nervoso central. Os efeitos agudos do álcool têm consequências significativas, incluindo a dificuldade de dicernimento. O consumo repetitivo de álcool pode induzir à tolerância, o que significa que a quantidade necessária para produzir o efeito desejado tem que ser progressivamente aumentada.
 
(Fonte: Como agem as drogas, Gesina L. Longenecker,PH.D. Quark books. Ilustrações de Nelson W.Hee)

Problemas de Nascença Relacionados ao Álcool
O álcool pode causar uma série de problemas de nascença, sendo o mais sério a síndrome fetal alcoólica (SFA). Crianças que nascem com problemas devido à bebida podem ter problemas de aprendizado e de comportamento para toda a vida. Os nascidos com SFA têm anormalidades físicas, comprometimento mental e problemas de comportamento. Como os cientistas não sabem exatamente a quantidade de álcool que causa este e outros problemas no nascimento, é melhor não beber álcool em hipótese alguma durante este período.

Bebida e Direção
Pode surpreendê-lo o fato de que mesmo pequena, a quantidade de bebida alcoólica pode comprometer a capacidade de dirigir um automóvel. Por exemplo, certas habilidades para dirigir, como virar o volante ao mesmo tempo que se dá atenção ao tráfego, podem ficar comprometidas por concentrações de álcool no sangue (CASs) tão mínimas como 0,02 por cento. (A CAS se refere à quantia de álcool no sangue). Um homem de 80 kg terá uma CAS de aproximadamente 0,04 por cento uma hora após ter consumido duas cervejas de 300 ml ou outros dois drinques padrão, de estômago vazio. E quanto mais álcool você consumir , mais comprometidas ficarão suas habilidades para dirigir. Embora a maioria dos estados norte-americanos estabeleçam o limite de CAS par a adultos que dirijam depois de beber entre 0,08 e 0,10 por cento, e no Brasil este limite é de 0,05 % o comprometimento das habilidades de direção começa em níveis bem menores.

Os efeitos sobre o cérebro são proporcionais à sua concentração no sangue:

Quantidade de bebida
Nível de álcool no sangue (g/l)
Alteração no organismo
Possibilidade de acidente
2 latas de cerveja
2 taças de vinho
1 dose de uísque

0,1 a 0,5
Mudança na percepção de velocidade e distância. Limite permitido por lei.
Cresce o risco
3 latas de cerveja
3 taças de vinho
1,5 dose de uísque
0,6 a 0,9
Estado de euforia, com redução da atenção, julgamento e controle
Duplica
5 latas de cerveja
5 taças de vinho
2,5 doses de uísque
1 a 1,4
Condução perigosa devido à demora de reação e à alteração dos reflexos.
É seis vezes maior
7 latas de cerveja
7 taças de vinho
3,5 doses de uísque
acima de 1,5
Motorista sofre confusão mental e vertigens. Mal fica em pé e tem visão dupla.
Aumenta 25 vezes
 
Obs: Dados referentes a uma pessoa de 70 quilos e que variam conforme a velocidade de ingestão da bebida e o metabolismo de cada indivíduo.
 
( Fonte: Anjos Caídos, Içami Tiba. Editora Gente, 6ª edição)